Serra - Espaço Cultural | The Invisible Age
O Serra é um espaço cultural em Reixida, Leiria, que alberga uma comunidade de criativos e onde se realizam eventos e residências artísticas.
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The Invisible Age

Banda do universo indie pop, The Invisible Age, nasceu já em Portugal, e é composta por quatro brasileiros a residir em Lisboa. Estiveram no Serra em criação, e Luiz Alberto Moura (à direita na foto), fundador do projeto, falou sobre a experiência. 

– Tendo uma série de opções em Lisboa, onde residem, o que levou o projeto, The Invisible Age, a escolher o Serra para gravar o disco?

Na fase de pesquisa para locais para gravação cheguei a fazer pesquisas em vários estúdios, recomendados por músicos daqui de Lisboa e de fora, como do Porto, assim como o pessoal da Casota. E decidi levar a banda para Leiria pelo fato que o custo/benefício do estúdio seria muito melhor. Principalmente, sou um fã confesso das produções da Casota e do First Breath After Coma e sabia que teríamos um disco bem gravado. Além disso, tenho uma boa relação com o Hugo Ferreira e também a confiança no trabalho feito pela Omnichord foram outros atrativos para escolhermos o estúdio no Serra.  E também sempre tive o sonho, desde adolescente, de viajar e passar um período fora de casa acordando e dormindo pensando na minha música. E com a banda convivendo 24h.

– Cumpriram os objetivos traçados inicialmente?

Sim. Tínhamos cinco dias para gravar nove músicas. Uma delas não estava funcionando e resolvemos deixar pra lá, mais pelo resultado que não estava satisfatório do que pelo tempo em si. E conseguimos gravar as demais dentro do prazo, com sobra. Tivemos um produtor no Brasil, o Iuri Freiberger (recomendo uma busca nos outros trabalhos dele) trabalhando a distância com a gente e por conta do Covid não pôde estar conosco. Além disso, a disposição e o trabalho do Rui e do Pedro foram determinantes para que o disco fosse gravado no melhor clima possível. Foi uma experiência inesquecível.

– E agora o que se segue? 

O disco foi para a mixagem e masterização com o Iuri e já recebemos a primeira ‘prova’ da mixagem e tenho a certeza de que será um belo disco. Depois é ver se o vírus dá um tempo e também conseguimos tocar pelo país e Europa. Aceito convites para digressões em conjunto! (risos).

– Não resisto a perguntar, porque sei que a tua tese de doutoramento aborda o universo das editoras independentes portuguesas. Como conhecedor do meio, como olhas para a Omnichord Records e para a Rastilho, dois polos editoriais dinamizadores aqui da região?

Obrigado pelas palavras, mas não sou um conhecedor, estou tentando ser. Sou no máximo um pesquisador e entusiasta da produção independente portuguesa. A Rastilho tem uma importante função como disseminadora e distribuidora de música no país. Foi uma das primeiras que conheci quando aqui cheguei em 2014. E a Omnichord para mim é a melhor gravadora portuguesa (não só indie). Não só pelos artistas, mas pelos eventos, pela disseminação de uma nova música, pelo papel cultural que ela tem não só no centro do país, mas em Portugal num todo. Pela postura de vanguarda e ao mesmo tempo mantendo o ethos indie de família, do trabalho colaborativo (algo que a Rastilho também possui). Ambas mostram que é possível ser independente, ser relevante e ter uma história longa, o que é dificílimo de ser alcançado.

The Invisible Age: 

https://www.instagram.com/theinvisibleage/

https://theinvisibleage.bandcamp.com/

Na foto:

Marcelo Caldas – baixo (à esquerda)

Alex Azevedo – bateria e voz (ao centro em cima)

Lucas Augusto da Silva – guitarra e voz (ao centro em baixo)

Luiz Alberto Moura – guitarra e voz principal (à direita)

Pedro Miguel